Jubileu 2025 " Caminhemos juntos..."
08 de junho de 2025
Informações
ALTERAÇÃO DO HORÁRIO DA MISSA:
Neste domingo, 08 junho, teremos a FESTA DA PROFISSÃO DE FÉ e a MISSA SERÁ ÀS 10H00. Mantem-se a das 12h00 e 19h30.
CONCERTO CORO JOVEM: Para assinalar mais de 10 anos de existência, o CORO JOVEM da nossa Paróquia irá realizar na nossa igreja um Concerto de Oração. Será no SÁBADO, DIA 7 DE JUNHO, ÀS 21H30. E ao mesmo tempo uma bela forma de preparar a Solenidade do Pentecostes, dando mais uns passos juntos como Peregrinos de Esperança, neste ano jubilar.
ARRAIAL STA 2025: A equipa coordenadora do Arraial continua a recolher as inscrições de voluntários para colaborar nas montagens do espaço, na reciclagem e na oferta das sobremesas. Também o poderão fazer no Atendimento. Desde já uma palavra de gratidão a todos os que se disponibilizarem para colaborar.
O AGRUPAMENTO DE ESCUTEIROS 523 - S. TOMÁS DE AQUINO, tem vindo a desenvolver um projeto de construção da sua nova sede. Entretanto já adquiram o primeiro contentor, colocado no Campo de Jogos, que servirá de base ao futuro espaço escutista.
Para assinalar este momento simbólico, vão realizar uma pequena cerimónia no próximo dia 14 de junho às 10h, para a qual convidam todos aqueles que, direta ou indiretamente, têm contribuído para tornar este projeto possível.

JUNHO, MÊS DOS SANTOS POPULARES: ALEGRIA, FÉ E TRADIÇÃO
O mês de junho chega sempre com um sabor especial. As ruas enchem-se de cor, música e cheiro a manjerico e sardinha assada. Lisboa vibra com os festejos de Santo António, e um pouco por todo o país celebram-se também São João e São Pedro. Chamamos-lhes “santos populares”, não apenas porque fazem parte da devoção do povo, mas porque são, de facto, santos que conquistaram o coração das pessoas pela sua humanidade, proximidade e testemunho de vida cristã.
Santo António, o nosso padroeiro de Lisboa
Santo António, celebrado a 13 de junho, é o grande protagonista das festas lisboetas. Embora tenha nascido com o nome de Fernando de Bulhões, em Lisboa, foi como frei António que se tornou conhecido em todo o mundo. Foi frade franciscano, pregador incansável, defensor dos pobres e mestre da Palavra. A sua fama de “santo casamenteiro” vem da sua atenção às necessidades concretas das pessoas, incluindo as dificuldades dos jovens casais. Mas Santo António é muito mais do que isso: é um exemplo de sabedoria, humildade e caridade.
São João e São Pedro, pilares da fé
Depois de Santo António, o mês continua com as festas de São João, a 24 de junho, sobretudo vividas com entusiasmo no norte do país, especialmente no Porto. São João Baptista é aquele que “prepara os caminhos do Senhor” e convida à conversão. A sua vida é sinal de fidelidade total a Deus e coragem para anunciar a verdade, mesmo em tempos difíceis.
No final do mês, a 29 de junho, celebramos São Pedro, o primeiro Papa, aquele a quem Jesus confiou as chaves do Reino dos Céus. Homem impulsivo, mas profundamente fiel, São Pedro lembra-nos que a santidade passa pela confiança em Deus, mesmo nas nossas fragilidades. Com ele, celebramos também São Paulo, o grande apóstolo dos gentios, cuja conversão e missão transformaram a história da Igreja.
Fé que se vive em comunidade
As festas dos Santos Populares são uma expressão viva da religiosidade do nosso povo. Entre arraiais, procissões, celebrações e gestos de partilha, percebemos que a fé cristã é também encontro, comunhão e alegria. É um tempo em que muitos regressam às suas origens, às suas paróquias, e em que se renovam laços de vizinhança e pertença. Neste espírito, também a nossa Comunidade Paroquial de S. Tomás de Aquino, realiza o seu Arraial nos dias 20 e 21 de junho.
Como comunidade cristã, somos chamados a viver este mês de junho com espírito de gratidão. Que a vida destes santos nos inspire a ser cristãos de coração aberto, prontos a servir, escutar e caminhar juntos. E que, no meio das festas, não esqueçamos que a verdadeira alegria vem de Cristo, que nos chama à santidade com o sorriso dos Santos Populares.
Pe Álvaro Cunha
COM O PENTECOSTES COMEÇA O TEMPO DA IGREJA
O Pentecostes marca um ponto de viragem na história da salvação. Celebrado cinquenta dias após a Páscoa, este dia assinala a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos com Maria no Cenáculo. Mais do que o encerramento do tempo pascal, o Pentecostes é o início de uma nova etapa: o tempo da Igreja. É o momento em que o Espírito Santo dá vida à comunidade dos discípulos, transformando o medo em coragem, a dúvida em testemunho, a dispersão em unidade.
Ao sopro do Espírito, a Igreja nasce e parte em missão. Já não é apenas um pequeno grupo escondido em Jerusalém, mas uma realidade viva e dinâmica, chamada a ser sinal do Reino de Deus no meio do mundo. Desde esse momento, o anúncio do Evangelho ultrapassa fronteiras geográficas, culturais e linguísticas. É o início de um tempo novo, não apenas cronológico, mas profundamente espiritual: o tempo da Igreja em caminho.
Este ano, celebramos o Pentecostes no contexto especial do Jubileu da Esperança, proclamado pelo Papa Francisco para o ano de 2025. Um Jubileu é sempre tempo de graça, de renovação e de recomeço. É convite a olhar para o futuro com confiança, a deixar-se reconciliar, a atravessar a Porta Santa com o coração purificado. E é precisamente sob o signo da esperança que este Jubileu nos interpela: esperança cristã, não como otimismo ingénuo, mas como certeza firme enraizada na ressurreição de Cristo e na presença do Espírito Santo.
No Pentecostes, a Igreja foi lançada para fora de si mesma. De portas trancadas passou a ser enviada até aos confins da terra. No Jubileu da Esperança, a mesma Igreja é convidada a abrir-se mais uma vez, a reencontrar a ousadia da fé e a alegria do Evangelho. Perante as crises do mundo, guerras, desigualdades, mudanças climáticas, perda do sentido da vida, a Igreja é chamada a ser testemunha de esperança, lugar de escuta, comunidade que acolhe e acompanha.
O Espírito que desceu sobre os apóstolos continua a agir. Não é apenas memória de um passado glorioso, mas força presente que renova a face da terra. Neste tempo jubilar, somos convidados a deixar que o Espírito Santo sopre também nas nossas vidas: nos nossos medos, nas nossas rotinas, nas nossas paróquias, nos nossos projetos. Ele transforma, unge, envia.
Que o Pentecostes de 2025 seja, para cada um de nós e para toda a Igreja, um novo começo. Um tempo de escuta mais profunda da Palavra, de oração mais sincera, de compromisso mais firme com os irmãos. E que o Jubileu da Esperança nos ajude a levantar os olhos, a recomeçar com coragem, a viver com a certeza de que o Espírito do Senhor está sobre nós e nos envia a anunciar a Boa Nova aos pobres.
Pe Álvaro Cunha